sábado, 2 de março de 2013

PAISAGISMO E MEIO AMBIENTE URBANO

Todo jardim não existe sem manutenção, ou seja, não basta implantar um belo projeto com planta s caras e formadas, se não houver um acompanhamento posterior e contínuo do desenvolvimento das plantas.


Sendo nosso clima extremamente quente e no inverno seco, é preciso acertar na escolha das plantas para cada local. Ensolarado, sombreado ou de meia-sombra (aqueles locais que recebem apenas o sol da manhã), a analise prévia é extremamente importante, tanto no micro quanto no macro paisagismo, ou seja , os grandes espaços públicos.

Naqueles ambientes públicos onde não há possibilidade de manutenção tão regular, especialmente nas praças onde já há sombreamento das árvores, é preciso lançar mão de forrações fáceis e de desenvolvimento rápido,que não vão exigir tanta água ou podas.

Uma tendência atual, que pode ser considerada uma postura sustentável é o uso de plantas nativas nos nossos jardins. Elas tem características que se adaptam perfeitamente ao nosso clima, às condições de insolação e temperatura. Como resultado, temos jardins mais fáceis de conduzir, menos exigentes quanto a hidratação, podas e adubações.

Alguns exemplos da prática tem me mostrado que esse é o caminho certo para obtenção de êxito no paisagismo . Vejamos:









Um talude , onde a grama não se desenvolvia pela elevada inclinação. Foi usada a ipoméia lilás (ipomoea purpúrea), uma trepadeira nativa , considerada invasora e também chamada de “glória da manhã”, por ter suas flores abertas neste período do dia, causando um belo espetáculo.


O resultado promove a contenção da terra em local onde poderia ocorrer erosão.
Uma bela forração que está substituindo com muito sucesso os gramados é a grama amendoim (arachis repens).


Neste exemplo utilizei-a também para contenção de talude em área de proteção permanente(APP).


Nos jardins domésticos ela tem a vantagem de não crescer mais que 20 cm, não necessitando de podas freqüentes. Por este fato está sendo usada nos jardins hospitalares, pela manutenção “silenciosa”.
Neste exemplo de um jardim de condomínio, a samambaia nativa apareceu espontaneamente sob o deck , “segurando” a terra e dando um aspecto muito interessante ao talude.



Exige apenas limpeza, facilitando muito a manutenção.



Em todos os casos, a experiência e a observação são necessárias para os acertos . Busca-se uma manutenção menos trabalhosa e exigente em água e insumos, o que acarretaria custos mais elevados.

No tocante à estética também os resultados são satisfatórios, já que nossa paisagem tropical dispõe de uma flora riquíssima e muito diversificada, que precisa ser mostrada nos nossos jardins, promovendo também a sensibilização e a educação ambiental.



Matiza R Lima

Arquiteta paisagista


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Caixas VIVAIO

Caixa 0,20 x 0,20 x 0,10 m contendo: 01 muda pata de elefante, astroemérias,  celósias, mini-papiro, jurubeba em caixa de melaleuca.
Um presente surpreendente! Encomendas (019) 3656 0201  96443234 com Matiza.

Caixas VIVAIO

Caixa 0,30 x 0,40x 0,15m contendo: 01 prato, 01 caneca Arquitetura do café em Mococa (porcelana pintada à mão), 01 vaso musgo, 01 vaso orquídea epidendrum, 01 arranjo helicônias e mini papiro, elementos vegetais. Caixa com revestimento em casca de melaleuca e fita de cetim.
Um presente cheio de presentes. Sob encomenda pelos telefones  (19) 96443234 ou 36560201 com Matiza.

domingo, 27 de janeiro de 2013

PARQUE SÃO SEBASTIÃO

Um lindo bosque no meio da cidade, é o que se tornou o PARQUE ECOLOGICO SÃO SEBASTIÃO , situado entre o Jardim Lavínia e a Vila Quintino em Mococa.


Todo o reflorestamento foi implantado pela Fundação Ecologia e Vida de Mococa, formada por moradores vizinhos à área que cuidaram do cercamento, plantio e condução das árvores à partir de 2005 até os dias atuais.

Nascente canalizada

Hoje, após 7 anos ou mais, as árvores formam um bosque que protege nascentes e a fauna local formada por pássaros e animais silvestres .O local apresenta um micro-clima agradável, convidativo ao lazer contemplativo , esportivo e educativo. Exemplar de pau-jacaré

Passeando rapidamente por lá, observamos um processo erosivo que está sendo recuperado naturalmente pela flora local, processo este que não seria possível se lá não houvesse o extrato arbóreo já adulto (que guarda um banco de sementes), protegendo a terra dos impactos da chuva e da insolação.

Para ser transformado em um parque público e aberto à população, não seriam necessários recursos financeiros tão vultuosos, apenas cuidando-se de disciplinar o uso e da manutenção do parque.

Trilha

A sensação ao se adentrar no ambiente do parque é que não parece estarmos dentro da cidade, por alguns momentos nos esquecemos disso e experimentamos um bem estar incrível que é proporcionado pelo encontro com a natureza.

Cidades podem ganham muito em sua qualidade de vida quando oferecem aos cidadãos opções de lazer junto à natureza, espaços livres onde se exercem diferentes modalidades de esportes, convivência com as espécies vegetais e animais ou simplesmente a descontração em meio à correria da cidade.



Sorte de nós mocoquenses, termos pessoas tão especiais que implantaram e cuidaram para que o parque chegasse ao que é hoje. Torná-lo realmente público, com uso adequado não está longe de se tornar uma agradável realidade, é o que espero.

Não quero aqui citar nomes para não incorrer em injustiça, mas tenho certeza que a cidade agradece aos cuidadores dessa tão importante área de preservação ambiental de Mococa.



Matiza Rigobello Lima

matiza@uol.com.br

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Porcelanas ARQUITETURA DO CAFÉ EM MOCOCA

Concebidas e pintadas à mão  por Matiza R Lima, as porcelanas foram brindes de final de ano da empresa SEQUOIA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

 As imagens se referem aos casarões do entorno da Igreja Matriz de Mococa, bem como a própria praça, o coreto e a igreja. O "quadrado da matriz"  forma um espetacular conjunto histórico preservado ,que dá à Mococa uma identidade  e lugar de grande importância no cenário nacional.

JARDIM DA PAINEIRA

ARVORES DE CALÇADA

PAISAGISMO E MEIO AMBIENTE URBANO


ÁRVORES DE CALÇADA

“Toda árvore é sagrada. Ama-a. Ama-a na glória matutina e reza: Bendita sejas por tuas frondes benfazejas, pelos teus cânticos triunfais, por tuas flores e perfume... por tuas sombras maternais”. Ricardo Gonçalves

Dando continuidade ao artigo anterior, falarei aqui de algumas espécies ideais para calçada. Andando por Mococa, selecionei algumas árvores em bom estado de formação e conservação e que deram bons resultados nas calçadas onde estão plantadas.

Como bons mocoquenses, deveríamos ter mais intimidade com esses seres tão preciosos para nós: as árvores. Elas podem amenizar o calor nas nossas ruas, além de tornar nossa cidade mais bela. Tenho visto uma pequena mudança com relação ao valor dado a esse elemento tão importante. Acredito que as pessoas têm passado a querer mais o verde perto de casa, tenho conseguido plantar árvores sem usar as antigas gaiolas de proteção e em alguns casos com bastante sucesso.

Consideradas “máquinas perfeitas” (ouvi este termo em um congresso de paisagismo) pois são capazes de nos dar beleza, abrigo e alimento para a fauna, sombra,oxigênio, abrandam o impacto das chuvas, retiram as impurezas do ar, e além de tudo ainda são silenciosas.

De qualquer forma é preciso uma política de arborização para disciplinar o plantio e a condução das árvores urbanas. Não é uma tarefa simples, exige muito trabalho e determinação.

Não são poucos os problemas envolvendo as redes elétricas e as árvores, então o que se puder fazer para plantar a espécie certa no lugar certo é bem vindo.

Vamos às espécies:

Oiti- Licania tomentosa- Árvore de até 15 metros de altura, possui copa arredondada e produz sombra compacta. De preferência deve ser plantada em calçadas sem fiação elétrica.





Espirradeira- Nerium Oleander. Arbusto de até 6 metros.

Possui florada espetacular, deve ser bem conduzida por não possuir tronco único. É planta tóxica, mas sua vantagem é que não necessita de poda pelo tamanho que alcança.



Senna macranthera. Excelente pelo porte até 7 metros, não necessita poda de altura e produz florada espetacular amarela. É melífera e produz boa sombra.

Canelinha- Nectandra Megapotamica. De porte médio, 8 metros, não produz flores, porém sua copa é responsável por uma ótima sombra

.



Outras espécies adequadas também são: Quaresmeira roxa (Tibouchina granulosa), Ipê amarelo do cerrado (Tabebuia Crysotricha), Resedá (Lagerstroemia indica) entre tantas outras que serão abordadas em outras matérias.



Matiza Rigobello Lima

matiza@uol.com.br

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