sábado, 3 de novembro de 2012

PAISAGISMO E MEIO AMBIENTE URBANO



Canteiro central da Av. Hermírio de Morais , uma jóia em Mococa - os lindos ipês brancos (tabebuia roseo-alba)



Tenho vivenciado ao longo de minha carreira profissional, alguns fatos relacionados com à arborização urbana, especialmente as árvores de calçada.

A prática me ensinou muitas coisas e muitas outras eu desconheço, erro também até hoje. Quanto mais se vive, mais se conclui que nada sabemos, temos que admitir esse fato.

Pois bem, uma política de arborização urbana deve prever, além do plantio da espécie certa no local certo, o acompanhamento dessa árvore por aproximadamente 2 anos pelo menos. Antes disso, a muda já deve ter sido bem conduzida no viveiro, vindo para a rua com porte adequado e poda de condução que permita seu convívio “pacífico” com o pedestre, o carro, a fiação elétrica , o calçamento etc.Não são poucos os entraves e conflitos que moram aí.

Nos anos de 1990, a empresa Mococa S.A. promoveu um programa de plantio de árvores de calçada que funcionava da seguinte maneira: O cidadão interessado solicitava a muda e eu era contratada para cuidar desse programa e executar o plantio. Ocorre que ao longo do tempo, se a muda fosse bem conduzida e chegava a bom termo, outro cidadão se mudava para aquele local e simplesmente extraía a árvore. Claro que alguns casos foram bem sucedidos, mas vi muitos desses exemplos acontecerem. Entra aí o conceito da árvore como bem público e portanto,sua permanência deve ser disciplinada pelas prefeituras.

Tenho visto em canteiros centrais de avenidas, plantarem árvores de grande porte, como por exemplo a Paineira (chorisia speciosa). Muito válidos os programas e campanhas que se fazem, mas há que ter critério para não continuarmos cometendo os mesmos erros do passado, erros estes que reforçam os paradigmas de que as árvores não convivem com a fiação, que sujam, quebram o passeio e tantas outras “aberrações” que se ouve por aí.

Algumas instituições científicas como a SBAU (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), sediada na UNESP se dedicam a este assunto por ele ter realmente um lugar de grande importância .E deve ter mesmo, vivemos na maioria em cidades e porque não termos uma arborização saudável?

É preciso muito mais que simplesmente sair plantando por aí. Um bom programa de arborização deve prever, desde o manejo do viveiro até a formação da planta, passando pelas podas de condução, limpeza etc. até que a árvore chegue ao porte adequado e produza boa sombra e beleza para as cidades.

Todos nós queremos ter uma cidade bonita e agradável. A temperatura que experimentamos nessa última semana de outubro nos deu uma idéia do que virá pela frente e as árvores podem, além de outras vantagens, minimizar o calor urbano.



Matiza R Lima

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PAISAGISMO E MEIO AMBIENTE URBANO

“Logradouro público por excelência, a praça deve sua existência sobretudo aos adros das nossas igrejas. Atualmente muitas vezes é confundida com jardim. A praça como tal, para reunião de gente e para exercícios de um sem-número de atividades diferentes, surgiu de maneira típica e marcante, diante de capelas ou igrejas, conventos ou irmandades religiosas. Destacava na paisagem urbana estabelecimentos de prestígio social” (Google)
A metáfora da praça
Encontrei ocasionalmente na Cohab II um pequeno recanto, reduzido em seus 5 m² que resumia uma “idéia de praça”. Ocupado por 4 bancos de concreto, um pilar no centro sustentando uma imagem de N.Sra. Aparecida com um vasinho de planta embaixo.




Me pareceu um lugar construído para o descanso, porém com a intenção de lembrar de longe uma praça, o conceito dela, espontaneamente construído pelos moradores dali. Um conceito ancestral contendo a “igreja” no centro e os bancos em círculo, sugerindo uma reunião. Não deixa de ser estranho, porém curioso.

A meu ver, parece uma distorção do que seja o conceito de praça, mas aí já entramos na área da psicologia e do comportamento humano.





No que diz respeito à vegetação, as praças e parques públicos devem suprir a população de áreas saudáveis, com ar puro e beleza onde podem se reunir livremente e praticar a sociabilidade.

Infelizmente este hábito tem se deteriorado em função da vida corrida, da violência urbana e especialmente da segregação da vida moderna.



Esperamos que as grandes e arborizadas praças sejam recuperadas e sua ocupação cada vez mais praticada pelos cidadãos. São exemplos vivos de vida saudável (social e psicológica) nas nossas cidades.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

PRIMAVERAVIVAIO SETEMBRO

com exposição de orquideas, bonsais e suculentas o evento contou com um café no dia 08. Oficina de pintura em tecido à tarde com Ivone Rigobello.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Visita ao Vivaio

Tive a honra de receber hoje, 24 de agosto, as crianças da terceira série do Colégio Maria Imaculada. Na pauta da visita, a Mata Atlântica e os problemas ambientais como o lixo. Foi feita uma vivência sobre os tipos de lixo e seu tempo de decomposição na natureza, o processo da erosão, a observação sobre os benefícios das árvores na nossa vida.
Um pic-nic na mata fechou a visita, com uma pequena caminhada pelo antigo leito da estrada de ferro Mogiana.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

agosto de 2012

Após alguns anos com floração inexpressiva, os ipês amarelos voltaram a florir com intensidade aqui na fazenda.

viagem a inhotim

Localizado a 70 km de Belo Horizonte, Inhotim é um parque de 100 ha, localizado na Serra do Espinhaço. Reune uma das maiores coleções de arte contemporânea do mundo em galerias espalhadas por todo o parque. Obras de arte também compõem o belo espaço livre com paisagismo esmerado. Segundo consta, Roberto Burle Marx passou por lá e influenciou as composições paisagísticas.
Educação ambiental também é um dos pilares de sustentação do Instituto que fica no município de Brumadinho, MG.
Lugar para se inspirar , passeio maravilhoso nas Minas Gerais, na companhia de minha irmã Chris e a amiga mineira Líginha.

Inhotim- caleidoscópio